segunda-feira, 25 de março de 2013

O Papel da Escola na Formação de Valores Humanos

O papel da escola na formação educacional é fundamental para mudar as questões relacionadas aos valores humanos atuais e para poder criar, por meio de experiências construídas no espaço escolar, a capacidade de analisar os diversos valores presentes na sociedade e na construção dos princípios de respeito mútuo, justiça, diálogo, solidariedade, democracia.

Espera-se que os alunos saibam falar e ouvir e que as diferenças se tornem meios de enriquecimento no conhecimento de novos valores.

Assim, a escola não existe só para transmitir conhecimentos, informações e formar para o mercado de trabalho, mas também para formar alunos e cidadãos capazes de definir metas e meios para alcançarem suas realizações pessoais e de compreenderem a si mesmos e ao próximo, por meio da convivência uns com os outros e com os professores e funcionários da escola, dos valores compartilhados e da participação responsável em suas atividades escolares (CHAVES, 2002).

Ao discutir o papel da escola na formação moral PIAGET (1978) argumentou que normas disciplinares impostas de fora, como a obediência, a autoridade e a coação do adulto, o certo e o errado, o bem e o mal, além de sufocar a personalidade da criança, mais prejudicam do que favorecem sua formação. É evidente que as crianças devem perceber o que é certo e o que é bom, mas elas devem ser equipadas com a capacidade do desenvolvimento do pensamento crítico e decidirem por si sós a pensar, e não apenas a se adaptar ao estabelecido e ditar seus valores.

Para Jaques Delors (2004), o papel da escola é construir e fornecer às crianças e aos adultos as bases culturais que permitam decifrar as mudanças de curso a fim de melhor interpretá-las e de reconstruir os acontecimentos inseridos numa história de conjunto. Ele ainda pontua quatro pilares importantes para a educação: “Aprender e Conhecer”, “Aprender a Fazer”, “Aprender a Viver Juntos” e “Aprender a Ser”, onde cada um desses pilares permite trabalhar o aprendizado na compreensão, no conhecimento, na descoberta, na prática de seus conhecimentos, na participação e na cooperação com os outros em todas as atividades humanas, na elaboração de pensamentos autônomos e críticos e na formulação dos próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.

Essa visão de DELORS remete à nossa análise sobre a importância de práticas educacionais ligadas às situações reais, vividas por cada criança no seu dia-a-dia, orientando-a sobre como analisar e resolver as questões da vida.

A importância de uma Educação que trabalhe a questão de Valores Humanos, a partir do Ensino Fundamental, reforça-se nas várias publicações encontradas que abordam a questão da reestruturação do currículo escolar, como encontramos em entrevista do reconhecido jornalista Gilberto Dimenstein (2005)[1]:

“A escola tem que ser um grande centro de administração de curiosidade e possibilidades, porque a educação é para toda a vida. O último dia de vida é o último dia de escola. Quando o currículo diz respeito à vida da pessoa, você pode vincular as outras matérias a esse currículo, e o professor é o orientador dessas várias matérias.”

Patrícia N.Bauer e Tana Bassi* (Artigo pesquisado por Aldenilza Lucas).

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